De acordo com informações divulgadas, essa prática não é isolada. Outros parlamentares, como Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e Ana Paula Leão (PP-MG), também figuram entre os frequentadores de churrascarias utilizando a cota parlamentar. A informação contrasta com planos mais produtivos que poderiam ser esperados de um representante eleito, uma vez que a responsabilidade de um deputado envolve a promoção de leis e o debate de pautas relevantes para a sociedade.
A cota parlamentar é um recurso destinado a cobrir despesas relacionadas ao exercício da função, que incluem alimentação, transporte e atividades que visem à divulgação dos mandatos. Desde 2023, reports indicam que os deputados federais já desembolsaram pelo menos R$ 3,2 milhões em alimentação, com os bufês que atendem em domicílio sendo os principais serviços contratados. O gasto mais elevado até o momento foi registrado pelo atual presidente da Câmara, Hugo Motta, que destinou R$ 27 mil a um evento que reuniu 30 membros do seu partido.
Enquanto essa situação gerou polêmica, levantando questionamentos sobre a ética e a responsabilidade dos representantes, muitos analistas ressaltam que, apesar de chocar, esses gastos são legais conforme a regulamentação da CEAP. Porém, a discussão sobre a importância da utilização consciente e produtiva desses recursos se faz necessária, especialmente em um contexto onde a expectativa de retorno em ações concretas para a população é cada vez mais alta.