Durante seu pronunciamento, Fabio Costa enfatizou que, apesar do policial ter pedido desculpas e fornecido esclarecimentos sobre o conteúdo do áudio, a punição foi mantida. O deputado lamentou essa situação, afirmando que ela reflete um quadro preocupante: “Quem trabalha de maneira correta é punido e perseguido, enquanto aqueles que mancham a reputação da polícia militar são protegidos e promovidos”. O discurso ainda mencionou o afastamento do delegado Lucimério Campos, responsável por encaminhar o caso à Polícia Federal, indicando uma possível tentativa de silenciamento de vozes dissidentes dentro da corporação.
O deputado também trouxe à tona outros episódios que, segundo ele, demonstram um padrão de represálias. Um exemplo foi a transferência do sargento Marcelo Pereira Nicolau, deslocado de Maceió para Mata Grande, a centenas de quilômetros de sua residência, apenas por ter compartilhado uma figurinha com a imagem do major Ibson em um grupo de WhatsApp. Outra situação citada envolveu policiais que, ao protestarem pacificamente em frente à Procuradoria-Geral do Estado por salários atrasados, foram afastados e tiveram suas armas confiscadas, permanecendo desarmados até o presente momento.
Em contrapartida, o major Ibson não apenas escapou de sanções, mas recebeu duas promoções significativas, passando a tenente-coronel e, recentemente, a coronel fechado. O deputado não hesitou em sugerir que essa trajetória ascendente pode culminar em sua nomeação como o novo comandante-geral da Polícia Militar. Para Fabio Costa, essa postura adotada pelo governo de Paulo Dantas representa uma inversão de valores, comprometendo a confiança da população nas instituições que deveriam garantir sua segurança e proteção.