Leonam fez uma crítica contundente ao afirmar que a realidade em Alagoas é ainda mais preocupante do que em outras partes do Brasil. Segundo o deputado, enquanto a narrativa nacional sugere que a polícia prende e a Justiça solta, a situação no estado representa uma derrocada ainda mais intensa: “Aqui, a Justiça ordena as prisões, mas o Estado falha em manter esses criminosos sob custódia, não oferecendo a estrutura adequada para tal.” Ele enfatizou que o regime semiaberto, o qual deveria servir como uma transição entre o encarceramento total e a liberdade, praticamente não existe em Alagoas.
O uso de tornozeleira eletrônica, originalmente concebido para monitorar quem está em liberdade condicional, foi criticado por Leonam, que adjetivou a situação como uma inversão de seus propósitos. “Infelizmente, a tornozeleira se transformou em um passaporte que permite que criminosos retornem às ruas, sem qualquer tipo de supervisão efetiva. Essa realidade deixa a população vulnerável, à mercê da criminalidade”, lamentou.
Frente a esse quadro alarmante, o deputado protocolou uma solicitação formal ao governo do estado, exigindo medidas urgentes para a implementação do regime semiaberto, conforme estipulado pela legislação. Leonam alertou que a ausência de ações concretas não só perpetua a impunidade, mas intensifica a insegurança da população alagoana.
As declarações do deputado repercutiram nas redes sociais, reacendendo um debate crucial sobre a eficácia do sistema penitenciário em Alagoas. Atualmente, muitos detentos que deveriam cumprir penas em regime intermediário estão sendo liberados sem o acompanhamento adequado, um fato que agrava ainda mais a sensação de insegurança vivida pelos cidadãos.
Finalizando sua fala, Delegado Leonam fez um apelo à sociedade e ao governo: “Alagoas não pode continuar assim. A inação do Estado está colocando todos nós em risco”. O clamor por uma resposta efetiva e por reformas estruturais no sistema penal alagoano ecoa entre os cidadãos, que esperam por um futuro mais seguro.