Deputado Denuncia Corrupção na Saúde Pública de Alagoas Após Operação da Polícia Federal e Critica Prioridades do Governo no Setor

Alagoas sob investigação: saúde pública em crise e denúncias de corrupção

A saúde pública de Alagoas enfrenta um quadro alarmante, marcado por indícios de corrupção e descaso, revela o deputado federal Delegado Fabio Costa. A situação se tornou mais crítica com a deflagração da Operação Estágio IV, ação da Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), que visa investigar possíveis crimes relacionados à gestão do governador Paulo Dantas na Secretaria de Estado da Saúde.

A operação não apenas desencadeou a execução de 38 mandados de busca e apreensão, mas também resultou em severas medidas contra servidores públicos e no bloqueio e sequestro de bens e valores. Para o deputado, essas ações demonstram uma realidade que a população já conhece, refletindo um sistema de saúde pública que, segundo ele, se aproxima do colapso.

Fabio Costa colocou em evidência a crise na rede pública estadual, que se mostra preocupante com a presença de calotes milionários e atrasos frequentes nos repasses financeiros. Ele cita o desmonte de hospitais filantrópicos e a angustiante espera de pacientes em corredores, além de mais de mil crianças necessitando de cirurgias. “Não falta dinheiro. O que existe é um problema grave na forma como os recursos estão sendo utilizados”, enfatiza o deputado.

Os dados disponíveis em portais de transparência ilustram o que Fabio Costa classifica como uma distorção nas prioridades governamentais. Ele menciona que, em 2025, o Hospital Carvalho Beltrão, em Coruripe, recebeu mais de R$ 207 milhões, enquanto a Clínica NOT, associada ao atual secretário de Saúde, Gustavo Pontes, obteve mais de R$ 12 milhões. Em contrapartida, instituições como a Santa Casa de Misericórdia de Maceió ficaram com apenas R$ 550 mil, e a Santa Casa de São Miguel dos Campos não recebeu repasse algum.

O parlamentar também criticou o abismo entre o discurso oficial e a realidade enfrentada pela população. Mesmo com o lançamento de novos programas de saúde pelo governo, a Polícia Federal estava em ação investigando a Secretaria de Saúde. Para ele, essa contradição é revoltante: “Enquanto o marketing tenta criar uma imagem positiva, a verdade é que a Polícia Federal está na porta da secretaria”, destacou.

Em sua fala, Fabio Costa reforça que a saúde pública deve ser tratada com responsabilidade, longe de interesses políticos ou comerciais. Ele exige esclarecimentos imediatos do governo estadual e promete continuar cobrando ações efetivas. “Esse é o retrato da saúde em Alagoas hoje. A população merece respostas, e os responsáveis precisam ser cobrados”, finaliza o deputado. Essa situação, sem dúvida, demanda atenção e medidas urgentes para que a saúde pública no estado seja uma prioridade real e não apenas um discurso.

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