Em suas declarações nas redes sociais, Hugo Motta ressaltou que a proposta não se limita ao projeto inicialmente apresentado. Ele citou duas outras iniciativas que estão em tramitação, uma delas de autoria do deputado Danilo Forte, que busca extender a aplicação da Lei Antiterrorismo para abranger organizações criminosas e milícias privadas. A outra, criada pelo deputado Coronel Meira, prevê a inclusão do narcoterrorismo na legislação como uma forma punível de crime. É importante destacar que Lula já expressou sua objeção à classificação de organizações criminosas como terroristas, temendo que isso possa abrir a porta para intervenções internacionais em solo brasileiro.
Guilherme Derrite, que anteriormente exercia a função de secretário de Segurança Pública no governo de Tarcísio de Freitas, decidiu deixar seu cargo para se engajar nas discussões em torno do projeto de lei de Forte. Essa manobra política de Motta, ao escolher um aliado de Tarcísio como relator, pode ser vista como uma tentativa de equilibrar as forças no Congresso, especialmente em vista da resistência de Lula a algumas propostas legislativas.
O Projeto de Lei Antifacção foi elaborada em resposta a uma operação recente que teve um impacto devastador no Rio de Janeiro, resultando na morte de 121 pessoas durante uma ação contra o Comando Vermelho, uma das facções criminosas mais temidas do estado. Essa operação, marcada por sua violência extrema, foi considerada uma das mais letais da história fluminense, levantando a urgência da necessidade de um marco legal que fortaleça os instrumentos de combate ao crime organizado.
Com o avanço desse projeto e a designação de Derrite como relator, espera-se que o Congresso se mova de maneira mais eficaz na luta contra o crime organizado, refletindo as pressões sociais e políticas que demandam ações concretas para garantir a segurança pública no país.









