“Não podemos mais permitir que CPMIs terminem em pizza. É essencial que nossos trabalhos sejam guiados pela verdade e pela busca de responsabilidades”, assegurou o deputado em uma entrevista na última quarta-feira, dia 20. Gaspar, que tem um histórico de atuação no combate ao crime como promotor de Justiça, pretende aplicar essa mesma determinação na nova função, buscando identificar culpados e fechar lacunas legais que possibilitam fraudes em benefícios destinados a aposentados e pensionistas.
A escolha de Gaspar para a relatoria ocorreu após uma estratégica articulação política que culminou na vitória do senador Carlos Viana, do Podemos, na presidência da comissão. Essa dinâmica foi um golpe na tentativa de controle da CPMI por parte do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do presidente da Câmara, Hugo Motta. O próprio deputado revelou que recebeu a notícia de sua nomeação no dia da votação, mostrando a rapidez e o caráter surpresa da decisão.
A CPMI, que foi instalada em 13 de setembro e terá um prazo de 180 dias para suas investigações, surgiu a partir de um pedido conjunto das senadoras Damares Alves e Coronel Fernanda. O requerimento obteve o apoio significativo de 223 deputados e 36 senadores, levando em consideração investigações feitas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, que foram divulgadas em abril.
Gaspar se comprometeu a ouvir representantes da área, incluindo o ministro da Previdência, Carlos Lupi, assegurando que seu foco principal permanecerá na busca pela verdade e na justiça. Essa nova CPMI promete ser um marco, podendo revelar detalhes sobre as fraudes bilionárias que têm prejudicado o INSS e os cidadãos que dependem de seus serviços.
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