Deputado Alfredo Gaspar critica STF e defende rigor em investigação na CPMI do INSS: “Nem tenho medo de bandido perigoso”

Em um dia marcado pela controvérsia, o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deputado Alfredo Gaspar (União-AL), expressou sua insatisfação em relação à concessão de habeas corpus por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) a depoentes convocados pela comissão. Um dos casos que gerou desconforto é o do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que obteve essa decisão judicial do ministro Luiz Fux.

Após um acalorado confronto verbal durante a oitiva de Stefanutto, Gaspar não poupou críticas ao STF. Em entrevista a jornalistas, o deputado destacou a problemática da proteção legal concedida a testemunhas em processos de investigação, afirmando que tal atitude confere aos depoentes uma “autoridade de araque”. Com um tom irônico, ele disparou contra a eficácia do habeas corpus preventivo, afirmando que, se estivesse na presidência da CPMI, teria a intenção de impor sanções rigorosas a quem demonstrasse desacato às determinações da comissão.

Gaspar foi contundente ao afirmar que não teme confrontar figuras de destaque no cenário da corrupção. “Nem tenho medo de cara feia, nem tenho medo de bandido perigoso, nem tenho medo de ladrão de milhões. Seja lá quem for, irei enfrentar e cumprir a minha missão”, declarou o deputado, enfatizando sua determinação em investigar até as últimas consequências e identificar aqueles que estiveram envolvidos em irregularidades no âmbito do INSS.

A CPMI tem como objetivo investigar fraudes e desvios no sistema previdenciário, e a postura de Gaspar evidencia sua intenção de conduzir os trabalhos da comissão com rigor e transparência. O clima tenso e as declarações incisivas do relator demonstram que o processo investigativo será repleto de desafios, mas também de um forte desejo de responsabilizar os envolvidos em atos de corrupção. A expectativa é que o avanço das investigações traga à tona informações críticas sobre as contas e gestões do INSS, contribuindo para um futuro mais transparente na administração pública.

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