As declarações de Ramagem surgem em resposta às alegações da Procuradoria-Geral da República (PGR), que identificou um arquivo datado de 10 de julho de 2021, modificado posteriormente em 27 de julho, com indicações de um plano para atacar as urnas eletrônicas. O parlamentar refutou a veracidade dessas acusações, argumentando que a Polícia Federal teria conhecimento sobre a origem de um vídeo armazenado em seu dispositivo — uma gravação de uma sessão do STF. “Entendo que não há veracidade nas imputações de crimes. Estamos aqui para demonstrar a inocência. A Polícia Federal induziu a erro a PGR e este STF”, argumentou Ramagem.
Além disso, o deputado foi provocado sobre um arquivo chamado “Bom dia, presidente”, encontrado em seu computador, que abordava a formação de um grupo para discutir as urnas eletrônicas. Ele manteve sua posição de que o documento era apenas uma reflexão pessoal, voltada para a possível participação da Abin em um Teste Público de Segurança (TPS) realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Em suas alegações, Ramagem negou enfaticamente qualquer envolvimento em monitoramentos ilegais de autoridades ou ministros do STF, rechaçando, assim, as sugestões de que sua conduta teria extrapolado os limites da legalidade.
A tensão que cerca o interrogatório ressalta a complexidade do debate sobre a integridade do processo eleitoral brasileiro. A continuidade das investigações e os desdobramentos legais prometem manter o país em atenção, uma vez que questões envolvendo confidencialidade, segurança e transparência nas instituições estão em jogo. Ramagem, ao enfatizar sua inocência, alimenta um cenário já conturbado pela polarização política, onde a confiança das instituições e o respeito à democracia são constantemente testados.