De acordo com um levantamento feito pelo Metrópoles, das 21 passagens aéreas utilizadas por Rosângela Moro, 19 tinham Curitiba como ponto de partida ou destino final. As passagens, que somaram R$ 17 mil, incluíam trajetos sem escala de Brasília para Curitiba, além de voos de São Paulo para a capital paranaense, passando pelos aeroportos de Congonhas e Viracopos.
Os gastos com viagens da deputada totalizaram R$ 69 mil, com 81 deslocamentos registrados, sendo a maioria com São Paulo como destino final. A assessoria de Rosângela Moro defendeu que as regras para compra de passagens por meio da cota parlamentar não proíbem o uso para qualquer destino do Brasil, justificando as visitas frequentes ao Paraná devido ao vínculo da deputada com a região, onde tem domicílio eleitoral e seu marido exerce cargo de Senador.
A mudança de domicílio eleitoral de Rosângela Moro para Curitiba em 2024, visando a candidatura a vice-prefeita na chapa de Ney Leprevost, gerou questionamentos no mundo político. Apesar disso, a Justiça Eleitoral reconheceu a validade da mudança, permitindo que a deputada concorresse mesmo mantendo o mandato por São Paulo.
O caso da deputada Moro reacendeu discussões sobre vínculos políticos e eleitorais de parlamentares, especialmente em relação ao domicílio eleitoral. A polêmica envolvendo a família Moro e seus laços com diversos estados do país evidenciam as complexidades presentes no cenário político brasileiro.