Deputada Dandara Tonantzin defende urgência na redução da jornada de trabalho e melhora nas condições de vida dos trabalhadores no Brasil



Recentemente, a proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa abolir a jornada de trabalho conhecida como “escala 6×1” ganhou destaque no cenário político brasileiro. De autoria da deputada Erika Hilton, do PSOL de São Paulo, essa proposta busca estabelecer uma jornada máxima de 36 horas semanais, organizadas em quatro dias de trabalho. O objetivo é substituir a atual carga de 44 horas semanais a que muitos trabalhadores estão submetidos, um modelo considerado ultrapassado e prejudicial à qualidade de vida.

A ampliação do debate sobre a jornada de trabalho reflete as crescentes demandas por condições laborais que respeitem o bem-estar dos trabalhadores, um tema que encontra ressonância tanto em movimentos sociais quanto na sociedade em geral. Dados revelam que a população já se mobilizou substancialmente, com mais de 2 milhões de assinaturas reunidas em apoio à proposta, evidenciando a urgência e a relevância do tema.

Em uma entrevista recente, a deputada Dandara Tonantzin, do PT de Minas Gerais, defendeu a necessidade de uma legislação que reflita as novas exigências do século XXI e as exigências contemporâneas do mercado de trabalho. “Não podemos esperar mais 50 anos para atualizar as relações de trabalho; já se passaram décadas desde que as condições laborais foram adequadas à realidade dos trabalhadores”, enfatizou. Para ela, a adoção de uma jornada de trabalho mais curta é fundamental não apenas para a saúde mental e física dos trabalhadores, mas também para o desenvolvimento econômico do país.

Entretanto, a proposta enfrenta oposição de setores conservadores e do empresariado, que alertam sobre os possíveis impactos negativos na economia e no emprego. Críticas surgiram, por exemplo, da parte do deputado Nikolas Ferreira, que afirmou que a mudança poderia intensificar o desemprego e comprometer a produtividade das empresas. Dandara, por outro lado, argumenta que essa abordagem ignora o potencial de uma jornada reduzida para fomentar uma força de trabalho mais produtiva e satisfeita.

Internacionalmente, exemplos de sucesso na implantação de jornadas mais curtas já foram observados na Nova Zelândia e na Alemanha, onde a maioria das empresas que testaram a carga horária reduzida decidiu adotá-la permanentemente. Para Dandara, é essencial aprender com esses casos e trazer soluções inovadoras para o Brasil, promovendo uma mudança que beneficie tanto os trabalhadores quanto as empresas.

A PEC ainda precisa de assinaturas adicionais para começar sua tramitação na Câmara dos Deputados, mas o apoio popular pode acelerar esse processo. A expectativa é que a proposta não apenas mude as regras do jogo em termos de jornada de trabalho, mas também inicie uma nova era de valorização do trabalhador no Brasil. A discussão continua, e muitos aguardam ansiosamente as próximas etapas desse importante projeto legislativo.

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