Zambelli, que se tornou ré no STF em maio após denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), prestou depoimento ao juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Rafael Henrique. Durante o interrogatório, a deputada explicou sua relação com Delgatti e negou veementemente ter solicitado qualquer ação contra o ministro Moraes.
Em sua defesa, Zambelli afirmou: “Eu não tinha por que pedir para alguém fazer qualquer coisa contra o ministro Alexandre de Moraes”. Além disso, tanto a parlamentar quanto seu advogado, Daniel Bialski, refutaram as acusações e destacaram que Zambelli estava focada em cumprir seu segundo mandato como deputada federal.
O depoimento de Zambelli estava inicialmente marcado para setembro, porém foi adiado devido a problemas de saúde da deputada. Já o hacker Delgatti expressou arrependimento durante seu interrogatório, admitindo ter invadido o sistema do CNJ.
Segundo a denúncia da PGR, Delgatti teria inserido documentos falsos no sistema do CNJ a mando de Zambelli, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. A acusação também aponta que Zambelli teria “arregimentado” o hacker, oferecendo benefícios em troca de seus serviços.
Em decisão unânime, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia contra Zambelli e Delgatti, ratificando as acusações feitas pela PGR. O caso segue em andamento no tribunal, com novos desdobramentos esperados nas próximas semanas.
