Deputada bolsonarista Caroline de Toni é eleita presidente da CCJ da Câmara com apoio do PT e promete pautas conservadoras.



A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) foi escolhida como a nova presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o colegiado mais relevante da Casa. Integrante do grupo de parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-aluna do falecido Olavo de Carvalho, considerado o “guru do bolsonarismo”, Caroline assume a liderança da CCJ com o objetivo de pautar temas conservadores e prepará-los para votação em plenário.

Caroline, que nasceu em Chapecó, é advogada formada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e mestre em Direito Público. Em seu segundo mandato na Câmara, ela foi eleita em 2018 e reeleita em 2022, seguindo os ideais bolsonaristas. Seus posicionamentos incluem ser contra a obrigatoriedade da vacinação, a descriminalização das drogas, o aborto, as cotas raciais e femininas, e a favor do ensino doméstico e do uso civil de armas.

O Palácio do Planalto tentou evitar a indicação de Caroline para a presidência da CCJ, argumentando que ela era muito polêmica para o cargo. No entanto, o Partido Liberal manteve a escolha da deputada. Desde que ingressou na Câmara, Caroline apresentou 38 projetos de lei, mas nenhum foi aprovado até o momento.

Um dos projetos mais recentes protocolados por Caroline visa impedir que o Ministério da Saúde obrigue a população brasileira a tomar vacinas sem eficácia comprovada. A proposta estabelece um período de espera de 10 a 20 anos desde a criação do medicamento para que a imunização seja obrigatória. Além disso, o projeto prevê pena de reclusão para quem forçar a aplicação de vacinas ineficazes.

A deputada também apresentou um projeto para incluir Olavo de Carvalho no livro dos Heróis da Pátria, uma iniciativa que reflete a influência do pensamento do escritor no bolsonarismo. No entanto, as propostas de Caroline, assim como outras, ainda aguardam aprovação no plenário da Câmara.

Caroline também propôs o fim da cota de 30% de gênero para candidaturas políticas, argumentando que a desigualdade de gênero na política está relacionada à falta de interesse das mulheres na atividade político-partidária. A deputada pretende deixar os partidos livres para definir o percentual de candidaturas, buscando superar a disparidade de gênero ao longo do tempo.

Com sua liderança na CCJ, Caroline de Toni promete moldar a agenda legislativa com pautas conservadoras e manter a defesa dos ideais bolsonaristas no Congresso Nacional. A deputada se destaca como uma figura influente no cenário político brasileiro, dando voz às pautas que representam seus eleitores e apoiadores.

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