De acordo com as estatísticas do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), o ano fiscal de 2024 – que se estende de 1º de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2024 – registrou a deportação de mais de 270 mil imigrantes. Esse número representa a maior quantidade anual de deportações em uma década, evidenciando uma política robusta e, em alguns aspectos, uma continuidade do legado de ações forçadas contra imigrantes ilegais.
O governo Biden tem adotado diversas estratégias para aumentar a eficiência do processo de deportação, incluindo a simplificação dos procedimentos para retornar imigrantes de países como El Salvador, Guatemala e Honduras, além de intensificar a frequência de voos de deportação, até mesmo nos finais de semana. Essa abordagem contradiz a imagem de um governo que prometeu uma reforma mais humanitária das políticas de imigração.
Outro ponto a destacar é a ampliação das instalações de detenção de imigrantes sob a gestão de Biden, uma medida que poderia permitir ao seu predecessor, Trump, continuar sua agenda de deportação, caso venha a ser reeleito. Essa reviravolta nas políticas de imigração levanta questões sobre as motivações e as promessas eleitorais de ambos os líderes, refletindo uma luta polarizada no coração da política americana.
Com o crescimento contínuo do número de imigrantes ilegais, estimados em cerca de 13 a 14 milhões atualmente nos Estados Unidos, a administração Biden parece estar dividida entre a pressão para agir de forma decisiva contra a imigração ilegal e a necessidade de manter uma imagem de compaixão em relação a refugiados e migrantes econômicos. Assim, o cenário de imigração nos EUA continua a ser palco de tensão e controvérsia, onde números crescentes de deportações se tornam um tema central tanto para críticos quanto para defensores das políticas do governo.