O diálogo, que Oruam fez questão de mostrar ao público, trazia palavras de encorajamento do jogador holandês. Em inglês, Depay expressou: “Fique forte nesses tempos difíceis. As crianças e a nova geração, você pode salvá-las”. A mensagem trafega entre a mensagem de solidariedade e o apelo à responsabilidade social, um tema recorrente nos contextos de violência e segurança pública.
Na ocasião da operação, Depay se encontrava no Rio de Janeiro, e a situação de segurança fez com que ele não pudesse retornar a São Paulo a tempo de participar dos treinos com o restante do elenco do Corinthians. O atacante, que já havia se sentido impactado pelo cenário, finalmente se reuniu aos companheiros na mesma quarta em que a mensagem foi divulgada.
O que chamou a atenção da mídia, e consequentemente do público, foi a magnitude da operação policial, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. As forças de segurança relataram que até o fechamento da operação, 121 pessoas, incluindo quatro policiais, foram mortas. A Defensoria Pública do estado atualizou o número de fatalidades para 132, enquanto 2,5 mil agentes foram mobilizados nas comunidades afetadas.
Durante a ação, os criminosos se defenderam de forma violenta, utilizando barricadas e armamentos pesados, o que resultou em uma batalha direta nas ruas. As autoridades registraram até o momento 81 prisões, além da apreensão de um arsenal significativo, que inclui pelo menos 75 fuzis.
Em um contexto tão complexo e desolador, o gesto de solidariedade de Depay em relação a Oruam não apenas ilustra o impacto das relações entre figuras públicas e a sociedade, mas também destaca a responsabilidade social que artistas e atletas podem assumir em momentos de crise. A preocupação com a nova geração e o futuro de crianças em meio ao caos é um chamado à ação para todos os envolvidos, desde os cidadãos até os governantes.









