Acredita-se que o Supremo Tribunal Federal aceitará as denúncias e que Bolsonaro será condenado por uma ampla maioria, ou mesmo por todos os votos, da Primeira Turma composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cristiano Zanin, Carmen Lúcia e Flávio Dino. A incerteza paira sobre o posicionamento de Fux, considerado vacilante.
A questão que fica é: qual será o destino de Bolsonaro? Será preso, como Lula em 2018, e ficará detido até o final de seu mandato? Ou será colocado em prisão domiciliar, sob monitoramento eletrônico e outras restrições? A incógnita permanece.
Apesar disso, é fato que a Justiça seguirá seu curso. No entanto, a realização das eleições em pouco mais de um ano pode mudar o cenário. Dependendo dos resultados, Bolsonaro poderá ser libertado, caso um presidente eleito o indulte.
O presidente atualmente se diz pronto para concorrer novamente em 2026, enquanto tenta influenciar as eleições e negociar seu apoio em troca de um possível indulto presidencial ou anistia. Ele ameaça lançar a candidatura de sua esposa Michelle ou de seu filho Eduardo, o deputado federal mais ambicioso e direitista.
Enquanto isso, figuras como Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas se movimentam no xadrez político em busca de apoio e viabilidade eleitoral. Cada movimento, cada aliança, cada decisão é minuciosamente calculada visando as eleições futuras e a disputa pela presidência. O jogo político é intenso e imprevisível, com desfechos ainda incertos. A única certeza é que o Brasil segue em um momento de grande turbulência e incerteza política.