Os incidentes teriam ocorrido quando o casal já estava formalmente separado, com Yañez instalada em um chalé destinado a hóspedes nas proximidades da residência principal do palácio. Na ocasião, Fernández teria visitado o filho recém-nascido de ambos, Francisco, quando a discussão entre os dois escalou para agressões físicas, de acordo com os depoimentos anônimos relatados.
O administrador do palácio, Daniel Rodríguez, foi apontado como a pessoa que interveio para apartar o casal e afastar Fernández. Informações indicam que Rodríguez, um ex-policial que também trabalhava como assistente do ex-presidente, serviu como mediador nos momentos de maior tensão entre Fernández e Yañez. Contudo, ele não respondeu às tentativas de contato para comentar o caso.
A complexa situação dentro do palácio é agravada por contratos que incluem cláusulas de confidencialidade, o que pode ter limitado a exposição imediata das denúncias. Questões que envolvem a hierarquia militar e as carreiras dos funcionários também contribuíram para que as revelações demorassem a vir à tona. Agora, investigações adicionais devem incluir depoimentos de empregados com contato direto com a ex-primeira-dama, como cozinheiros e cabeleireiros.
No último dia 6, Fabíola Yañez fez uma denúncia formal de ter sofrido violência física e assédio, mencionando ameaças contínuas de Fernández. A Justiça argentina agiu rapidamente, determinando medidas protetivas e confiscando o celular do ex-presidente. Fernández foi ainda proibido de deixar o país e de se aproximar de Yañez, que atualmente reside em Madri.
Fontes próximas à ex-primeira-dama indicam que o casal começou a se desentender durante a quarentena imposta pela covid-19, período no qual vários episódios de violência teriam ocorrido. Yañez sustentou que foi agredida também enquanto estava grávida em 2021 e após uma festa de aniversário polêmica realizada durante o período de confinamento. O advogado Mauricio D’Alessandro defendeu que a celebração foi uma tentativa de amigos de apoiarem Yañez em um momento difícil.
Essas graves acusações lançam luz sobre um lado obscuro do poder e instigam um debate sobre a violência doméstica, ressaltando a importância de uma justiça célere e eficaz. As investigações continuam, e a nação aguarda ansiosa por justiça.
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