A Prefeitura de São Paulo, ao ser questionada sobre a ação, alegou que não foram identificadas atividades culturais no local e que o espaço estava irregular, apresentando sinais de abandono. No entanto, a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT) classificou a demolição como um ataque direto à cultura, memória e diversidade artística e religiosa do país.
A SBAT exigiu uma investigação imediata e transparente sobre o ocorrido, enquanto o deputado federal Guilherme Boulos, derrotado por Nunes nas eleições municipais do ano passado, criticou a ação, afirmando que o ataque à cultura é uma marca da extrema-direita. Boulos ressaltou que a Prefeitura descumpriu uma decisão judicial ao demolir o espaço cultural sem aviso prévio.
Por sua vez, a gestão Nunes justificou a demolição alegando que a área de 7 mil metros quadrados destinada ao Parque Municipal do Povo vinha sendo utilizada de forma irregular. A administração informou que notificou os responsáveis pelas atividades no local em julho de 2023, mas não houve comprovação do direito de uso do imóvel.
A prefeitura também afirmou que a capoeira pode ser praticada em parques municipais, desde que autorizada pela administração. Todos os objetos do local foram retirados pelo responsável da atividade, com auxílio da equipe operacional da Prefeitura de São Paulo. A ação foi justificada como uma medida para garantir a desapropriação e a reintegração de posse do terreno.