Na segunda-feira, a demanda atingiu 100.955 MW, enquanto ontem subiu para 101.475 MW. Esses números alarmantes refletem a volta de altas temperaturas em várias regiões do Brasil, levando a um aumento significativo no uso de condicionadores de ar e outros dispositivos de refrigeração.
Com a necessidade de acionar mais usinas térmicas, é esperado que os preços de energia aumentem, o que pode impactar o bolso do consumidor. A possibilidade de adoção de bandeiras tarifárias, que atualmente está na cor verde, sem sobretaxa na conta de luz, ainda está em aberto. No mercado livre de energia, os preços estão voláteis, com o preço do megawatt/hora variando de R$ 69,04 para R$ 415,34 e depois voltando para R$ 69,04.
Diante desse cenário, as térmicas a gás e a carvão estão operando em sua capacidade máxima. A Petrobras confirmou que suas 12 térmicas, com capacidade de 3.500 MW, já foram acionadas. O mesmo ocorreu com as unidades da Eneva e da EDP no Nordeste. No entanto, é importante ressaltar que o uso prolongado de usinas térmicas pode aumentar as emissões de gases de efeito estufa e impactar negativamente o meio ambiente.
Hoje, apesar de ser feriado, o consumo de energia ultrapassou os 87.000 MW na hora do almoço, um patamar considerado alto por especialistas. As hidrelétricas ainda respondem pela maior parte da geração de energia, com 65,1%, seguidas das eólicas com 16,3%, térmicas com 13,5% e solar com 5,1%. Além disso, o país está recorrendo à importação de energia para suprir a demanda crescente.
Diante dessa situação crítica, é fundamental que o governo e as autoridades competentes adotem medidas urgentes para garantir o abastecimento de energia e evitar possíveis apagões no futuro próximo. O uso racional de energia e investimentos em fontes renováveis também se tornam ainda mais importantes diante desse cenário desafiador.
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