Demanda Global por Neodímio e Disprósio Crescerá: Brasil Destaca-se na Produção de Terras Raras Essenciais para Novas Tecnologias



O Brasil se destaca no cenário global como um dos poucos países com reservas significativas de metais de terras raras, em particular o neodímio e o disprósio. Estas substâncias são cruciais para o desenvolvimento de novas tecnologias, como baterias, imãs e componentes eletrônicos utilizados em diversos setores, incluindo automóveis elétricos e smartphones. A especialista em assuntos internacionais, Antonina Levashenko, enfatiza que a demanda por esses metais deve crescer de maneira exponencial nos próximos anos, refletindo uma evolução na tecnologia e na economia global.

Atualmente, a China continua a ser o principal fornecedor de neodímio, controlando a maior parte do mercado mundial. Entretanto, a presença de depósitos destes metais não se limita ao território chinês. O disprósio, por exemplo, também é encontrado em países como Rússia, Japão, Estados Unidos e Afeganistão, o que levanta questões sobre a diversificação das fontes de fornecimento e a segurança da cadeia de suprimentos.

O mercado de neodímio, segundo Levashenko, foi avaliado em cerca de 5,5 bilhões de dólares em 2024 e projeta-se que chegue a 9,6 bilhões até 2033. Já o disprósio deve crescer a uma taxa anual de aproximadamente 5%, alcançando um valor de 1,1 bilhão de dólares em 2029, um aumento considerável em comparação aos 905 milhões de dólares do ano anterior.

No entanto, a exploração desses recursos não é trivial. A Groenlândia, embora reconhecida por sua capacidade potencial de fornecer neodímio, enfrenta barreiras significativas relacionadas a questões ambientais e sociais. A oposição local quanto aos impactos da mineração, particularmente a preocupação com a poluição do ar, tem impedido o avanço de projetos de extração na região. De fato, em 2023, dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos indicaram que não houve atividades de mineração de terras raras na Groenlândia.

Portanto, a combinação da crescente demanda e a escassez de fontes seguras pode transformar o Brasil em um player estratégico no mercado global de terras raras, desde que sejam adotadas práticas sustentáveis e responsável na sua exploração.

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