
No momento em que amanhã, o governador Renan Filho se desloca ao alto Sertão para junto com o Ministro dos Transportes, Aviação Civil e Portos, alagoano Mauricio Quintella para anunciar o fim de uma promessa que já durava 45 anos, dando ordem de serviço na construção de 45 km de estrada que ainda se encontra no barro, na Br 316 Carié à Inajá(Pe), estoura em Delmiro Gouveia a notícia mais triste: a Fabrica da Pedra demitiu na quarta feira(13) 125 funcionários.
A informação foi dada pelo diretor Luiz Anhaguerra Lessa a imprensa, dizendo “infelizmente, tentamos preservar os empregos até o limite, lembrando que a produção está paralisada desde 1 de abril quando o grupo Carlos Lyra deu férias aos 596 trabalhadores.
Segundo ele, estamos fazendo uma restruturação para superar a crise. “Vínhamos arcando com os salários em dia de todos trabalhadores”, disse Anhaguerra.
Para o diretor da fábrica da Pedra “a economia do país não reagiu e nem vai reagir até meados de 2017, não existe crédito para as indústrias, taxa de juros alta, será um processo lento até a normalização do cenário macroeconômico.”
Eu acredito na Fábrica, porém para sobreviver vamos ter que fazer uma reestruturação e reduzir momentaneamente o volume de produção. Um velho ditado, a Lei da oferta e da procura. O momento é de união, eu não tenho dúvida de que juntos, com muito trabalho e Deus à frente, iremos sair vivos dessa”, arrematou Anhaguerra.
Fábrica da Pedra
Funcionando há mais de um século no município de Delmiro Gouveia, no Sertão alagoano, a histórica Fábrica da Pedra também sofre os efeitos da crise financeira que o país atravessa.
A tradicional fábrica parou suas atividades temporariamente, depois de ter a energia elétrica cortada, por atraso no pagamento das conta que chega a R$ 1,2 milhão. Com isso, dos 586 funcionários da empresa, a direção concedeu férias (vencidas) a 250 trabalhadores e férias coletivas ao restantes.
No final da manhã primeiro de abril, a direção informou à imprensa que apresentou uma proposta de renegociação do débito à Eletrobras, e que aguarda um retorno. A Eletrobras não quis se pronunciar sobre o caso.
Uma das principais fontes de renda da população de Delmiro, a indústria têxtil produz matéria prima para a confecção de peças de cama, mesa e banho e possui 586 funcionários.
“Tivemos vários aumentos em despesas neste último ano, principalmente na carga tributária. Íamos pagar o mês de fevereiro quando a energia foi cortada”, disse o gerente geral da unidade, Luiz Anhanguera Lessa.
Com o corte na energia, o gerente geral explicou que o valor que seria usado para quitar a dívida junto à concessionária será usado para pagar o salário dos colaboradores. “Como a fábrica parou suas atividades, decidimos priorizar nossos funcionários”, acrescentou.











