As investigações apontam que “Rato” teria recebido propinas que variavam entre R$ 20 mil e R$ 100 mil de funkeiros ligados ao PCC, com o objetivo de viabilizar a realização de rifas ilegais nas redes sociais. Essas rifas, proibidas pelo Ministério da Fazenda, serviriam para a lavagem de dinheiro da facção criminosa.
Além do investigador, a operação atingiu empresários, músicos e influenciadores, incluindo os MCs Paiva, Brisola e GHdo 7, da produtora Love Funk. De acordo com as autoridades, o grupo estaria envolvido em uma rede criminosa bem estruturada, com divisão de tarefas e articulação entre diversos setores, incluindo agentes públicos.
Os investigados respondem por crimes como corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a prática tinha como objetivo a sonegação de impostos, com o patrimônio dos artistas e empresários sendo ocultado através da compra de bens de luxo, fazendas e até barras de ouro.
Conversas encontradas nos celulares dos suspeitos mostram negociações para pagamento à polícia, com valores que variavam de R$ 50 mil a R$ 1,5 milhão. Em um diálogo entre o MC Brisola e o empresário Victor Hugo, há a negociação para repasse de dinheiro aos policiais, evidenciando a participação de “Rato” e de outros agentes da mesma delegacia de Santo André.
O caso continua em investigação e novas revelações podem surgir nos próximos dias. A sociedade espera por respostas e por punições exemplares para os envolvidos, a fim de restabelecer a confiança nas instituições de segurança pública. A Polícia Civil de São Paulo segue trabalhando para esclarecer os fatos e combater a corrupção no seu interior.