A acusação central que envolve MC Poze do Rodo gira em torno da apologia ao crime, especialmente no que diz respeito ao tráfico de drogas e à violência. De acordo com as autoridades, suas letras não apenas glorificam a criminalidade, mas também desempenham um papel crucial na incitação de conflitos entre facções criminosas. Em suas declarações, o delegado enfatizou que as músicas do artista têm um “alcance incalculável”, sendo capazes de influenciar inúmeros jovens que podem ser seduzidos por essa estética de vida.
Na visão de Curi, a música pode ter um efeito corrosivo e danoso. “Muitas vezes, a mensagem que eles transmitem é muito mais lesiva do que um tiro disparado por um traficante”, disse. Com isso, o delegado sugere que a proliferação desse tipo de conteúdo pode criar um ciclo de violência e desestabilização que afeta toda a sociedade.
As reações acerca da prisão do MC Poze do Rodo são diversas. Há quem defenda a liberdade de expressão e a importância da arte como veículo de denúncia e reflexão social. No entanto, a visão das forças de segurança parece ser clara: a música, quando utilizada como ferramenta de promoção da criminalidade, ultrapassa os limites da liberdade artística e se torna uma questão de segurança pública. A repercussão da prisão e as discussões sobre a relação entre música, crime e sociedade certamente continuarão nas próximas semanas, enquanto o caso do MC Poze se desenrola.