Fernando Carvalho, amigo de infância de Luiz Ricardo, relembrou a trajetória do delegado com muito carinho e admiração. Aos 57 anos, Luiz Ricardo era visto como um verdadeiro exemplo por todos que o conheciam. “O Ricardo era um cara honrado, um exemplo para todos nós. Ele foi o primeiro a passar na universidade, a virar delegado. Apresentávamos ele para nossos pais, exibindo com orgulho o amigo delegado”, recorda Fernando, profundamente abalado pela perda.
O delegado era conhecido por sua personalidade tranquila e nunca ter sido visto brigando com ninguém. Seus colegas da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) estavam consternados com a perda, descrevendo Luiz Ricardo como um amigo, um irmão e um pai para todos. Sua morte foi um golpe duro para a comunidade policial e para todos que o conheciam.
O autor dos disparos que tiraram a vida de Luiz Ricardo foi identificado como Kayky Bastos Ferreira, um jovem de 20 anos que trabalhava como garçom em um bar no Gama. Kayky passou a noite na casa do delegado e, após cometer o crime, fugiu dirigindo o carro da vítima. A Polícia Militar do DF conseguiu localizá-lo horas depois e o prendeu, e durante o interrogatório, Kayky não soube explicar o motivo do crime, demonstrando frieza e falta de remorso.
A investigação revelou que Kayky usou os cartões de crédito do delegado para comprar bebidas em seu bar, mentiu para a namorada sobre a propriedade do carro roubado e transportou funcionários do estabelecimento no veículo da vítima. O crime chocou a todos pela crueldade e pela falta de motivação aparente.
Segundo o delegado Pablo Aguiar, que está à frente das investigações, o assassino agiu de forma premeditada. Na manhã do crime, ele acordou, pegou a arma do delegado na mochila, atirou três vezes na cabeça de Luiz Ricardo enquanto ele dormia e saiu da casa levando pertences da vítima. A comunidade onde Luiz Ricardo vivia está de luto, em choque com a violência inesperada que tirou a vida de um homem exemplar e querido por todos.