O encontro em Doha acontece em meio a um cenário de conflito crescente, que teve início na última quarta-feira com confrontos ao longo da Linha Durand, uma fronteira que o governo afegão não reconhece oficialmente. Esses confrontos resultaram em ataques aéreos do Exército paquistanês contra alvos afegãos, como resposta a um ataque a postos de controle em território paquistanês.
Apesar de os ataques aéreos continuarem, o porta-voz Mujahid afirmou que o Afeganistão mantém seu compromisso em buscar uma solução pacífica para a tensão, o que reflete uma disposição significativa para o diálogo. Ele também mencionou que a delegação inclui Abdul Haq Wasiq, chefe da inteligência afegã, demonstrando a seriedade com que o governo de Cabul aborda essas negociações.
No dia dos confrontos, o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão anunciou um cessar-fogo temporário de 48 horas, em um esforço para conter a escalada da violência. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, reafirmou a disposição do país para as negociações e, posteriormente, foi reportado que ambas as nações concordaram em estender o cessar-fogo até a conclusão dos diálogos em Doha.
Esses desenvolvimentos são cruciais para a dinâmica política na região, onde questões de territorialidade e segurança continuam a ser fontes de tensão entre os dois países há anos. A esperada reunião em Doha pode abrir novas portas para um entendimento mútuo e, quem sabe, estabelecer um caminho para a paz duradoura entre Afeganistão e Paquistão, em um contexto regional extremamente delicado e multifacetado.
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