Em um trecho de vídeo que veio à tona recentemente, Mauro Cid conta aos agentes da PF sobre a atuação de Michelle e de outros membros do governo e do círculo próximo ao presidente. Ele menciona nomes como os ex-ministros Onyx Lorenzoni e Gilson Machado, os senadores Jorge Seif e Magno Malta, o deputado Eduardo Bolsonaro e o general Mario Fernandes, além da própria Michelle. Segundo Cid, o general Mario Fernandes era um dos principais incentivadores de um possível golpe, chegando a pressionar outras autoridades militares.
As revelações de Mauro Cid são tão graves que a Procuradoria-Geral da República decidiu denunciar Bolsonaro, Fernandes, Michelle e outros 31 aliados na última terça-feira. As acusações incluem a tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros crimes. Essas acusações lançam uma sombra sobre o governo Bolsonaro e levantam questionamentos sobre a estabilidade democrática do país.
Fica evidente a gravidade da situação quando um ex-membro próximo do presidente decide colaborar com as autoridades e revelar detalhes tão perturbadores. A delação de Mauro Cid lança luz sobre as tensões e divisões dentro do governo Bolsonaro e levanta questões sobre até que ponto as instituições e autoridades estão dispostas a agir para preservar a democracia no Brasil. A repercussão dessas revelações certamente terá um impacto duradouro na política nacional e nas próximas eleições.