Em entrevista à CNN, Altineu Côrtes afirmou que Cid deveria ser demitido do Exército e classificou sua delação como ridícula, alegando a ausência de provas materiais. Além disso, o deputado criticou os rumos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que investiga a organização e divulgação de informações falsas pelas redes sociais.
Após as revelações de Mauro Cid, parlamentares aliados ao governo têm se mobilizado para convocar o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, que teria sido o único a apoiar as intenções golpistas de Bolsonaro durante a reunião, de acordo com o tenente-coronel.
A atuação da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), também foi criticada por Altineu Côrtes, que a acusou de se envolver em embates políticos. A senadora defendeu a convocação do ex-comandante da Marinha, referindo-se a ele como uma figura central nas investigações.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também comentou a delação de Mauro Cid, mas evitou fazer comentários diretos sobre as informações fornecidas pelo ex-ajudante de ordens. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Eduardo afirmou que não tinha informações sobre a delação e que só poderia falar quando ela se tornasse pública.
Segundo Bela Megale, o tenente-coronel Mauro Cid relatou que o almirante Almir Garnier Santos teria afirmado, durante a reunião com Bolsonaro, que sua tropa estaria pronta para aderir a um eventual chamado golpista. Por outro lado, o comando do Exército teria se recusado a participar do plano.
É importante ressaltar que essas informações não foram confirmadas oficialmente e são baseadas no relato de Mauro Cid em sua delação premiada. É fundamental aguardar a divulgação dos documentos e provas para que se possa fazer uma análise mais precisa do caso.