O inquérito policial, que conta com mais de mil páginas, detalha os trágicos eventos que culminaram nas mortes dessas quatro pessoas. De acordo com as autoridades, Deise é acusada de quatro homicídios triplamente qualificados, por motivos considerados fúteis, uso de veneno e dissimulação. As conclusões do caso foram divulgadas em uma entrevista coletiva à imprensa.
Deise, que estava sob custódia desde o início do ano, foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. Com sua morte, não houve decretamento de indiciamento, já que o Código Penal prevê a extinção da punibilidade nesses casos. O delegado Fernando Sodré destacou que Deise é apontada como a única autora dos crimes cometidos.
Durante as investigações, a polícia descartou a motivação financeira para os envenenamentos, levantando a possibilidade de que Deise sofresse de sérios problemas mentais. Sabrina Deffente, delegada regional do Litoral Norte, ressaltou que a principal hipótese é a perturbação mental da acusada.
Além disso, as autoridades estão apurando como Deise teve acesso ao arsênio, uma substância controlada, que requer documentação e justificativa para sua aquisição. Novos trechos de cartas escritas por Deise na cadeia também foram divulgados, revelando sentimentos de raiva em relação à sua sogra.
O caso segue em constante investigação, buscando esclarecer todos os detalhes sobre a motivação e a logística por trás dos envenenamentos que chocaram a população. A comunidade local aguarda por mais informações e detalhes sobre esse triste episódio que resultou na perda de quatro vidas inocentes.