Os dados foram revelados em um relatório divulgado nesta quarta-feira e apontam que as contas do governo central tiveram o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997. Além disso, o déficit acumulado até o momento é o maior já registrado.
O aumento do resultado negativo é atribuído principalmente aos pagamentos extraordinários feitos a estados e municípios, em decorrência da Lei Complementar 201, que trata das compensações devidas pela União a esses entes. Esse aumento nas despesas é um sinal preocupante, visto que a receita cresceu apenas 4,2% no mês passado, enquanto as despesas tiveram um aumento alarmante de 20%, com destaque para os gastos com a máquina pública.
Diante desses números, as previsões do Tesouro Nacional são pessimistas. Segundo o órgão, o governo central deve encerrar o ano com um déficit primário de R$ 125 bilhões, o que representa um desafio significativo para as finanças públicas do país.
O déficit primário, que ocorre quando as despesas superam as receitas sem contar o pagamento dos juros da dívida, é uma métrica importante para avaliar a saúde das contas públicas. Diante desse cenário preocupante, é essencial que o governo adote medidas para reverter essa situação e encontrar formas de equilibrar as contas, garantindo a estabilidade econômica e o bem-estar da população.