Defesa de Robinho recorre ao STF para suspender pena de estupro coletivo e questiona aplicação da Lei de Imigração.

O ex-jogador de futebol Robinho, atualmente preso na Penitenciária 2 do Complexo de Tremembé, no interior de São Paulo, teve sua defesa ingressando com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de suspender o cumprimento de sua pena. Robinho foi condenado na Itália a nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo, ocorrido em 2013, em Milão, e a sentença foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para execução no Brasil.

O advogado de Robinho, José Eduardo Alckmin, argumentou que o STF teria sido omisso ao julgar um habeas corpus anteriormente apresentado. A defesa alegou que houve uma suposta aplicação indevida da Lei de Imigração (Lei nº 13.445/2017) no caso do ex-jogador, uma vez que o crime ocorreu antes da entrada em vigor da legislação. A defesa sustenta que a norma não poderia ter sido utilizada como base para homologar a sentença, configurando uma aplicação retroativa prejudicial ao réu.

O recurso, classificado como embargo de declaração e com sete páginas, será analisado inicialmente pelo ministro Luiz Fux, relator do caso. Ele poderá decidir monocraticamente ou encaminhar o pedido para manifestação do Ministério Público antes de levar o tema ao plenário do Supremo.

Enquanto aguarda a decisão do STF, Robinho continua cumprindo sua pena no sistema prisional brasileiro. A situação do ex-jogador tem gerado grande repercussão e discussão na sociedade, levantando questões sobre a aplicação da legislação em casos como o dele. A defesa de Robinho segue empenhada em buscar a suspensão da pena e garantir seus direitos perante a justiça.

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