Cleriston, de 45 anos, morreu na última segunda-feira enquanto tomava banho de sol no complexo penitenciário. O Corpo de Bombeiros e o SAMU foram chamados ao local, mas não conseguiram reanimá-lo. O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal em que Cleriston era réu, pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido em despacho publicado nesta sexta-feira.
A defesa alega que, após o falecimento do réu, não há motivos para a custódia do celular de Cleriston, que está sob posse da Polícia Federal (PF) e é usado na investigação de seu inquérito. O advogado ainda afirmou que a devolução do celular foi um pedido da família do empresário e que a custódia do aparelho não faz sentido após sua morte.
Além do pedido de devolução do celular, a defesa também solicitou acesso às imagens das câmeras de segurança do pátio do momento em que Cleriston começou a passar mal. Eles também pediram que a Papuda forneça “informações detalhadas” sobre a morte do réu.
Cleriston Pereira da Cunha foi preso no dia 8 de janeiro e estava aguardando julgamento. Ele foi denunciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Defensoria Pública da União (DPU) identificou que Cleriston demorou 40 minutos para receber atendimento médico quando passou mal, e colegas de cárcere do réu afirmaram que a área de saúde da unidade prisional estava fechada por se tratar de um dia com ponto facultativo. No dia da morte, 20 de novembro, é comemorado o Dia da Consciência Negra.