De acordo com a defesa, o conteúdo dos dispositivos já foi analisado e utilizado na elaboração do relatório final da investigação, que resultou no indiciamento do general. Portanto, a manutenção desses aparelhos não teria mais relevância para o processo, podendo ser restituídos ao seu legítimo proprietário.
As perícias iniciais realizadas nos materiais apreendidos em 2024 apontaram para o envolvimento de Braga Netto em articulações políticas para a tentativa de golpe, incluindo a produção e posse de documentos relacionados ao caso. O general, que já atuou como ministro no governo de Jair Bolsonaro, encontra-se sob prisão preventiva desde 14 de dezembro, acusado de tentar obter informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente.
A Polícia Federal justificou a manutenção da prisão do militar argumentando que sua liberdade representaria um risco à ordem pública, uma vez que ele poderia realizar novas ações que interferissem na investigação em curso. Com base nesses elementos, a solicitação da defesa de Braga Netto destaca a desnecessidade da manutenção dos aparelhos apreendidos, indicando que sua devolução não afetaria o andamento do processo judicial.