Nesta quarta-feira, em uma declaração à imprensa, Lima argumentou com veemência que as alegações contra Braga Netto não se sustentam e denominou a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid como “mentirosa”. O advogado questionou a credibilidade das informações fornecidas por Cid, apontando que ele estaria sob pressão enquanto permanecia encarcerado por mais de quatro meses. Lima sugeriu que a delação foi realizada sem a adequada supervisão do Ministério Público, indo contra os procedimentos comuns em casos dessa magnitude.
O defensor destacou que as evidências apresentadas pela Procuradoria-Geral da República não são tão determinantes quanto afirmado. Para Lima, a narrativa construída pela Polícia Federal carece de provas concretas que suportem as acusações mais sérias, como a de que Braga Netto teria articulado ações violentas em conluio com manifestantes e outros militares. “É uma narrativa bem estruturada, mas desprovida de substância quando se trata de provas reais”, afirmou.
Outro ponto que Lima enfatizou foi a falta de tempo para que a defesa analisasse todos os documentos anexados ao processo, o que, segundo ele, compromete a defesa de seu cliente. Em relação à suposta entrega de recursos financeiros para financiar um golpe, Lima rejeitou essa alegação de forma categórica, questionando como um delator poderia demorar mais de um ano para apresentar um detalhe tão crucial.
A defesa continua a arrecadar documentos e evidências que provem a inocência de Braga Netto. Com os próximos passos da judicialização se desenrolando, o futuro do general na esfera judicial permanece incerto, enquanto ele e sua equipe buscam eliminar as sombras que pairam sobre sua reputação e integridade.