Defesa de Bolsonaro Pede Novo Adiamento de Audiências no Caso do Golpe, Alegando Dificuldades Técnicas para Acesso a Provas



A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou um pedido junto ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando o adiamento das audiências relacionadas ao caso de tentativa de golpe de Estado ocorrido em 2022. Bolsonaro, que é réu nesse processo, é acusado ao lado de outros sete aliados e as oitivas das testemunhas estão agendadas para começar na próxima segunda-feira, 19 de setembro.

Neste pedido de adiamento, os advogados de Bolsonaro alegam que a quantidade de provas apresentada no caso é extremamente ampla, o que cria dificuldades técnicas significativas para que a equipe consiga baixar todo o material necessário de forma eficiente. Em um exemplo calculado pela defesa, considerando uma velocidade de internet de 500 Mbps, eles estimam que apenas o download dos arquivos compactados levaria cerca de 178 horas de downloads ininterruptos, o que corresponderia a mais de uma semana caso não ocorressem erros técnicos. Essa situação torna inviável o acesso ao material antes do início das audiências, o que, segundo a defesa, comprometeria o direito à ampla defesa.

Este é o segundo pedido formal da defesa para postergar as oitivas. O novo requerimento ainda será analisado pelo ministro Moraes, que fará uma avaliação sobre a necessidade e as implicações desse adiamento. Durante as audiências, estão previstas 82 testemunhas, incluindo figuras de destaque como o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, e o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos.

O caso em questão revolve o chamado “núcleo crucial” que, segundo a acusação, perpetrou uma tentativa de golpe à luz dos acontecimentos pós-eleitorais de 2022, com o intuito de barrar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e prolongar a permanência de Bolsonaro no poder. A complexidade e a abrangência do caso refletem não apenas a gravidade das acusações, mas também a relevância de um julgamento que pode ter implicações profundas para a democracia brasileira.

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