O jurista expressou sua confiança na “justiça bem feita”, sugerindo que, se os ministros afastarem qualquer viés político em seus votos, existe a possibilidade de uma reviravolta favorável a Bolsonaro. Questionado sobre sua ausência de encontros com o ex-presidente, ele explicou que respeita as restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, que proíbe o ex-mandatário de utilizar telefone durante o processo.
Cunha Bueno também não hesitou em criticar abertamente os votos do ministro Flávio Dino, mostrando uma desacordo frontal. No tocante ao voto do ministro Luiz Fux, que pediu a nulidade da ação penal contra Bolsonaro, o advogado argumentou que a separação entre este caso e os eventos de 8 de janeiro é clara. Ele refutou as críticas que sugerem que a decisão de Fux possa ser paradoxal, dado seu histórico anterior de condenação em casos relacionados.
“O caso não está vinculado ao 8 de janeiro”, destacou Cunha Bueno, sustentando que a posição de Fux é coerente e deve ser vista dentro de um contexto mais amplo. Ele também afirmou que uma análise estritamente jurídica e técnica deve culminar na absolvição do ex-presidente, o que, segundo ele, é uma conclusão inevitável se os ministros seguirem um critério técnico em vez de político.
O julgamento em questão é crucial não apenas para Bolsonaro, mas também para a imagem do STF e a percepção pública sobre a imparcialidade da justiça no Brasil. O andamento deste caso promete repercussões significativas, refletindo tensões políticas e o papel da justiça em tempos conturbados. À medida que o tribunal continua a discutir e votar, o foco permanece sobre como decisões baseadas em argumentos jurídicos podem moldar o futuro político do país.