Essa temática se apresenta como crucial para o Brasil durante a preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em novembro deste ano, na cidade de Belém (PA). Um relatório da Agência Internacional de Energia alertou sobre o aumento exponencial do consumo de energia em centros de processamento de dados devido ao uso de inteligência artificial generativa e ao crescimento de data centers.
Fabro Steibel ressaltou que a inteligência artificial tem o potencial de contribuir significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa ao combater as fontes de produção. Ele citou o exemplo de um estudo de caso realizado pela AIE, que utilizou IA para identificar lixões e classificá-los de acordo com o potencial de emissão de metano para a atmosfera.
O diretor do ITS Rio ainda apontou soluções na cadeia de suprimentos, onde a inteligência artificial pode simplificar a logística e reduzir o consumo de carbono. Ele enfatizou a importância de o Brasil utilizar sua matriz energética renovável como vantagem para atrair data centers com baixa emissão de carbono, gerando emprego e fomentando a ciência no país.
Os projetos que utilizam inteligência artificial, como o Cadastro Ambiental Rural e o MapBiomas, foram destacados como iniciativas promissoras para apresentar na COP30. A IA se mostra como uma ferramenta crucial para a redução de gases de efeito estufa e o Brasil pode se tornar um expoente no desenvolvimento de uma IA de baixo carbono. A tecnologia é vista como uma resposta fundamental para a urgente agenda ambiental que enfrentamos atualmente.