DECADÊNCIA – Bolsonaro começa a usar tornozeleira eletrônica por ordem do STF – com Jornal Rede Repórter

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, imposta como parte das investigações em curso na Corte, representa um ponto de inflexão na crise institucional e marca um episódio inédito na história política brasileira: pela primeira vez, um ex-chefe do Executivo é submetido a esse tipo de controle antes de qualquer condenação judicial.

Além da tornozeleira, Bolsonaro está sujeito a regras rígidas: recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, proibição de uso de redes sociais, veto a contatos com outros investigados e impedimento de frequentar embaixadas ou interagir com representantes diplomáticos. O ministro justificou as medidas com base em indícios de tentativa de obstrução de Justiça, coação no curso do processo e ataques à soberania nacional.

A ordem judicial foi acompanhada por uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal em endereços ligados a Bolsonaro, incluindo sua residência e a sede do Partido Liberal, em Brasília. As diligências fazem parte de investigações mais amplas sobre a atuação do ex-presidente e seus aliados durante e após o mandato.

O equipamento de monitoramento tem autonomia de até 24 horas e exige recarga diária. Resistente à água e à poeira, a tornozeleira permite o uso contínuo, inclusive durante atividades físicas. Especialistas apontam que qualquer tentativa de violar ou desativar o dispositivo pode ser considerada quebra de medida cautelar e resultar em sanções mais duras.

A defesa de Bolsonaro criticou as medidas, chamando-as de “injustificadas”. Em nota, os advogados afirmaram que o ex-presidente sempre cumpriu as determinações judiciais e que só se pronunciarão oficialmente após acesso integral à decisão do ministro Moraes.

A instalação da tornozeleira impõe novos limites à atuação política de Bolsonaro e amplia o grau de vigilância sobre seus movimentos. O impacto da decisão já repercute dentro e fora do Brasil, alimentando o debate sobre os desdobramentos da crise entre os Poderes e o papel das instituições na preservação da democracia.

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