Debate sobre gramados sintéticos divide clubes e promete ser tema central no futebol brasileiro nos próximos anos.

A grama sintética voltou a ser um tema de destaque no futebol brasileiro, dividindo opiniões entre os clubes e levantando questões sobre a segurança dos atletas. Durante o Conselho Técnico da Série A, realizado recentemente, presidentes de clubes se manifestaram tanto a favor quanto contra o uso desse tipo de gramado, especialmente em relação ao número de lesões sofridas pelos jogadores.

Para abordar o tema de forma mais técnica, a CBF convocou o Conselho de Médicos para apresentar estudos que destacam as vantagens e desvantagens dos gramados artificiais em comparação com os naturais. Além disso, a confederação pretende contratar uma consultoria internacional para elaborar um relatório detalhado sobre o assunto, visando fornecer subsídios para que os próprios clubes decidam a melhor solução a ser adotada.

É importante destacar que a CBF optou por não tomar uma posição direta sobre a questão, ressaltando que a decisão deve ser tomada pelos próprios clubes, uma vez que entidades superiores como a Conmebol e a Fifa não proíbem o uso de gramado sintético em competições. A Comissão Nacional de Clubes será responsável por debater e deliberar sobre o assunto, contando com a participação de representantes de diversos times, incluindo Atlético-GO, Fluminense, Fortaleza, Internacional e São Paulo, escolhidos até o momento.

Por outro lado, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, liderou o coro contrário ao gramado sintético, apoiado por Alfredo Sampaio, da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, alegando que essas superfícies prejudicam os jogadores e aumentam o risco de lesões. No entanto, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, defendeu a utilização da grama artificial, juntamente com Botafogo e Athletico.

Com a promessa de um debate mais intenso no Conselho Técnico de 2025, baseado em estudos e análises mais aprofundadas, a questão sobre o uso de grama sintética no futebol brasileiro continuará sendo um tema relevante e em constante evolução.

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