A terapeuta sexual Priscilla Garcez trouxe à tona detalhes importantes sobre este delicado assunto. Garcez, que trabalha com casais e indivíduos abordando aspectos íntimos da vida a dois, enfatiza que até mesmo nas relações casuais há uma dinâmica que precisa ser construída. Segundo ela, o desejo e a experiência sexual podem ser significativamente afetados pelas expectativas e pela forma como os papéis são definidos no momento do encontro.
Ela destaca a importância de o casal alinhar suas expectativas antes mesmo de sair de casa. O conhecido ditado “combinado não sai caro” costuma ser a orientação preferida pelos especialistas. Para Garcez, ao atender as expectativas do parceiro ou parceira, a sensação de realização é atingida, o que contribui positivamente para a relação. Caso contrário, a frustração gerada por não cumprir esses papéis pode refletir negativamente na vida sexual do casal.
“Se a minha expectativa está sendo atendida, eu me sinto realizada. Quando esse papel que eu espero que meu parceiro tenha não é cumprido, isso pode afetar a minha vida sexual”, pontuou Garcez. Dessa forma, a terapeuta sugere que o casal se comunique e defina bem seus papéis e funções para evitar desentendimentos e salvar o clima do momento.
Além da visão de Garcez, muitos indivíduos têm compartilhado suas próprias percepções sobre o tema, refletindo a diversidade de pensamentos e a ausência de uma regra definida. Alguns acreditam que dividir a conta é a abordagem mais justa, especialmente em tempos em que a igualdade de gênero é pauta frequente. Outros, por sua vez, preferem que o pagamento seja feito por um dos parceiros, seja por questões de cavalheirismo ou simplesmente por hábito.
No final das contas, o ponto crucial parece residir na comunicação aberta e sincera entre os envolvidos. Combinando antecipadamente as expectativas e responsabilidades, qualquer desconforto ou “mico” pode ser evitado, garantindo uma experiência mais prazerosa e satisfatória para ambos.