Nunes, durante o debate, abordou passagens do histórico de Boulos, citando o apoio do candidato do PSol ao fim da Polícia Militar e à descriminalização das drogas, sugerindo que ele estaria apoiando a “bandidagem”. Por sua vez, Boulos refutou as acusações, expressando tristeza pelas supostas mentiras propagadas por Nunes e destacando que defende um modelo que prevê armamento para guardas civis e uma abordagem diferenciada para usuários e traficantes de drogas, seguindo um padrão europeu.
Em um momento de confronto, Boulos lembrou uma declaração polêmica do vice de Nunes sobre abordagens policiais em bairros distintos da cidade. Além disso, o candidato do PSol voltou a questionar Nunes sobre as falhas nas podas de árvores que resultaram no apagão, gerando uma resposta em que o atual prefeito responsabilizou a Enel e atribuiu a ineficiência do serviço à gestão federal apoiada por Lula.
Pontos cruciais como a legalização das drogas, o papel da Polícia Militar e o aborto foram temas abordados durante o embate, em que Boulos ressaltou sua defesa pela vida, pela lei e pela punição aos traficantes, bem como destacou posicionamentos controversos de aliados de Nunes. O candidato do PSol ainda comentou sobre a desigualdade de foco no tratamento do aborto em relação ao PL do estupro, defendido por partidários de Nunes.
O debate entre Nunes e Boulos foi o segundo encontro direto entre os candidatos no segundo turno das eleições e evidenciou as diferentes visões e propostas de cada um. Com base nas pesquisas de intenção de voto, Nunes aparece com vantagem sobre Boulos, mas os debates e confrontos diretos buscam esclarecer dúvidas e posicionamentos, influenciando os eleitores na decisão final.