Com um tom incisivo, Rafael Brito se destacou ao acusar JHC de estar mais preocupado em construir uma imagem positiva nas redes sociais do que em resolver questões essenciais da cidade. “O que ele tem feito é jogar cortina de fumaça. Ele abandonou 240 mil pessoas em Maceió que passam fome neste momento,” afirmou Brito, sugerindo que o prefeito optou por não participar do confronto para evitar temas delicados e perguntas embaraçosas.
Lobão, por sua vez, manifestou-se desapontado não apenas com a ausência de JHC, mas também com a impossibilidade de participação das candidatas Lenilda Luna (Unidade Popular) e Nina Tenório (PCO) devido a restrições da Legislação eleitoral. “Quem tinha a oportunidade de vir, não veio,” lamentou o candidato do Solidariedade. Em suas críticas, Lobão afirmou que as iniciativas do prefeito no campo da mobilidade urbana se resumem a “enfeitar o viaduto,” e expressou receio de que uma eventual continuidade de JHC no cargo resulte em mais quatro anos de medidas superficiais.
Além dessas queixas, Lobão trouxe à tona um questionável gasto público, referindo-se ao patrocínio de R$ 8 milhões concedido à escola de samba Beija-Flor, que homenageou Maceió no carnaval deste ano. Segundo ele, tal investimento representa uma gestão inadequada dos recursos municipais.
Rafael Brito foi ainda mais longe em suas críticas ao classificar JHC como “gatinha” da Braskem, uma alusão ao acordo indenizatório relacionado às vítimas da região do Pinheiro. Brito também cobrou a implementação de melhorias prometidas para o Mercado da Produção, alegando que até o momento tais promessas não foram cumpridas.
Durante todo o debate, a palavra “fujão” foi repetidamente empregada pelos candidatos para enfatizar a percepção de que JHC tem evitado enfrentar diretamente os desafios e os questionamentos pertinentes à cidade. O uso do termo fortaleceu a narrativa de descontentamento com a gestão atual e o comprometimento questionável do prefeito com os reais problemas de Maceió.
O evento deixou claro o clima de insatisfação entre os adversários de JHC e evidenciou as críticas à sua gestão, especialmente diante de uma ausência que foi interpretada como fuga das responsabilidades com a população.
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