Um dos nomes em destaque foi o da médica Annelise Meneguesso, que fez parte do chamado “ministério paralelo” e chegou a orientar o ex-presidente Bolsonaro em relação à pandemia. Durante sua fala, a médica citou passagens da Bíblia para apoiar o PL 1904/2024 e classificou as visões contrárias como “serviço do maligno” e “agenda demoníaca”. Além disso, Meneguesso já foi candidata a vice-prefeita de Campina Grande, na Paraíba, em 2020.
Outro nome presente no debate foi o do médico Hélio Angotti Neto, que ocupou o cargo de secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde no governo anterior. Angotti Neto chegou a afirmar que vacinas contra a Covid-19 não teriam efetividade comprovada, enquanto defendia a hidroxicloroquina, posição contrária às autoridades de saúde nacionais e internacionais.
O médico Raphael Câmara, ex-secretário de Atenção Primária à Saúde durante o governo Bolsonaro, também marcou presença no evento. Ele foi responsável por lançar uma cartilha pelo Ministério da Saúde que afirmava que “todo aborto é crime”, indo de encontro à legislação brasileira que autoriza a interrupção da gravidez em determinados casos. Câmara é o relator da resolução do CFM que proibiu o procedimento de assistolia fetal, assunto central do debate.
Além desses profissionais de saúde, a professora Nyedja Cristina Gennari também participou da sessão e chamou atenção ao fazer uma encenação como um feto sendo abortado no plenário. Após o ocorrido, a artista explicou que sua apresentação não estava diretamente relacionada ao projeto em discussão, mas sim como uma forma de protesto.
Dessa forma, a sessão no Senado reuniu figuras de destaque que trouxeram à tona temas polêmicos e importantes para a sociedade, gerando debates acalorados e reflexões sobre questões éticas e legislativas.