O setor de turismo no Brasil obteve o maior faturamento para o mês de maio desde 2014, alcançando R$ 36,1 bilhões em receitas, um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado e de 4% em relação a abril deste ano. Esses dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta terça-feira (25).
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o setor tem conseguido retomar sua receita através da geração de empregos, desenvolvimento de novos negócios e atração de investimentos estrangeiros. Um indicador desse crescimento é o aumento do fluxo de aeronaves nos principais aeroportos do país, que voltou aos níveis pré-pandêmicos em maio.
A alta no turismo interno é atribuída ao alto custo de viajar para o exterior e à ampla oferta de produtos turísticos brasileiros. Já do ponto de vista do turista estrangeiro, a queda no câmbio e a infraestrutura voltada para o turismo internacional fazem do Brasil uma opção atrativa.
Além do aumento da receita, o setor também apresentou crescimento em empregos e empresas. Entre janeiro e maio, foram criadas 64,2 mil vagas de emprego no turismo, sendo 9,6 mil apenas em maio. Para o ano de 2023, a CNC projeta a criação de 101,6 mil novos postos de trabalho. O número de empresas do setor também aumentou, com um acréscimo de 10% em relação a maio do ano passado, abrangendo serviços culturais, hospedagem, bares e restaurantes, transporte de passageiros, aluguel de veículos, agências de viagem, entre outros.
Apesar da associação com hospedagem e agências de viagem, os serviços turísticos que apresentaram o maior crescimento em número de estabelecimentos foram aluguel de veículos (12,4%), serviços culturais (11,5%) e bares e restaurantes (10,9%).
A CNC também ressalta que a inflação no setor de turismo foi mais intensa do que na economia em geral. Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou 2,95% em maio, os preços no setor de turismo tiveram um aumento médio de 6%. Os maiores aumentos foram registrados nos preços de pacotes turísticos (10,5%) e hospedagens (15,8%), enquanto os custos de transporte por aplicativo apresentaram uma queda de 4,6% para os consumidores.
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