David Gilmour do Pink Floyd critica Roger Waters e fala sobre desafios na indústria da música em entrevista exclusiva.

Em uma recente entrevista exclusiva para os leitores do jornal inglês “”, o lendário guitarrista do Pink Floyd, David Gilmour, de 78 anos, abriu o jogo sobre diversos assuntos, desde a situação atual da indústria da música até a possibilidade de uma reconciliação com seu ex-companheiro de banda, Roger Waters, 81 anos.

Questionado sobre a chance de uma reunião nos palcos com Waters, Gilmour foi direto e enfático: “Certamente não. Eu tendo a me manter longe de pessoas que apoiam ativamente ditadores genocidas e autocráticos como Putin e Maduro. Nada me faria dividir o palco com alguém que acha que esse tratamento às mulheres e à comunidade LGBT é OK”. Essa declaração reflete a postura firme do músico em relação a pontos de vista e posicionamentos éticos.

Além disso, Gilmour também expressou preocupação com a situação atual da indústria musical, destacando a queda nas vendas de discos e os baixos royalties pagos pelos serviços de streaming. Ele enfatizou que a renda proveniente de shows ao vivo se tornou essencial para os artistas, afirmando que “os ricos e poderosos desviaram a maior parte do dinheiro”.

O músico relembrou os “anos dourados” da indústria musical, quando o retorno financeiro para os artistas era mais significativo, e manifestou apoio a iniciativas que visem facilitar a vida dos músicos e estimular a criatividade. Ele ressaltou a importância de encontrar formas de sustentar-se exclusivamente da música, para não desencorajar a criação de novas obras.

Diante de um cenário onde cada vez mais trabalhos são automatizados e a concentração de renda nas mãos de poucos aumenta, Gilmour refletiu sobre os desafios enfrentados pelos músicos contemporâneos, que precisam buscar alternativas para se manter ativos e relevantes no mercado.

Portanto, a entrevista com David Gilmour revelou não apenas sua posição sobre a possibilidade de uma reconciliação com Roger Waters, mas também sua visão crítica e preocupação com a realidade da indústria musical nos dias de hoje.

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