Originalmente programada para o dia 10 de dezembro, a sabatina não teve uma nova data definida por Alcolumbre, o que levanta a possibilidade de adiamentos prolongados, que poderiam se estender até 2026. Essa situação é vista por membros do governo como um movimento estratégico de Alcolumbre. Com a sabatina cancelada, Messias terá mais tempo para conquistar apoiadores entre os senadores, enquanto Alcolumbre se posiciona em uma posição mais forte para negociar contrapartidas com o governo.
A avaliação entre os aliados de Lula é de que essa nova dinâmica pode facilitar que o presidente do Senado e seus correligionários solicitem indicações para novos cargos ou busquem o controle de estatais em diferentes locais do Brasil. Isso representa um ponto crucial na política de alianças em um cenário onde as demandas dos senadores tendem a ser apresentadas a ministros ou diretamente ao presidente Lula.
Ciente da importância da aprovação de Messias, o presidente Lula tem intensificado esforços para garantir apoio a sua indicação. Recentemente, ele tem se reunido com senadores para dialogar sobre o tema, como foi o caso do encontro com Otto Alencar, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na segunda-feira anterior ao cancelamento da sabatina. A presença ativa de Lula neste processo evidencia sua disposição em mediar as relações e fortalecer a base de apoio no Senado, que pode ser crucial para a continuidade de sua agenda legislativa.
Assim, não apenas Jorge Messias, mas também a dinâmica de poder no Senado, que envolve Davi Alcolumbre e o governo Lula, permanece em evidente transformação, refletindo a complexidade das interações políticas em Brasília. Os desdobramentos dessa situação serão observados de perto, visto que podem impactar significativamente o cenário político nacional nos próximos meses.
