Datena fracassa nas urnas e leva PSDB à pior performance eleitoral na capital: “Constrangido, desapontado e desiludido”

Datena, o apresentador que embarcou em uma arriscada campanha para prefeito de São Paulo, encerrou sua participação nas eleições com um desempenho decepcionante. Lançado de última hora pelo PSDB como uma esperança de reconstrução do partido, Datena despencou de 19% em uma pesquisa para apenas 1,84% dos votos nas urnas.

A trajetória do apresentador na política foi marcada por uma série de altos e baixos, desde cadeirada em debate televisivo, choros ao vivo, trocas de ofensas e flertes com a desistência até a expressão de desapontamento pelo resultado obtido. A escolha de Datena como candidato já levantava indícios de uma jornada imprevisível e repleta de desafios.

Datena, que aspirava ocupar o cargo de prefeito para reconstruir a imagem do PSDB em São Paulo, acabou alcançando a pior colocação do partido em uma disputa municipal na capital. Seu desempenho ruim também refletiu negativamente no partido, que não conseguiu eleger nenhum vereador para a Câmara Municipal.

Durante a campanha, Datena enfrentou diversos obstáculos, incluindo a desvinculação de diversos vereadores tucanos rumo à base do atual prefeito, Ricardo Nunes, e a expulsão de cerca de 50 membros do partido que se aproximaram do emedebista. O clima interno conturbado se refletiu nas urnas, piorando ainda mais a situação do PSDB na capital paulista.

Mesmo com sua ampla popularidade como apresentador de TV, Datena não conseguiu transformar essa aceitação em votos e não compreendeu completamente as nuances e complexidades da política e de uma eleição na maior cidade do país. A escalada de Pablo Marçal nas pesquisas, o adversário que roubou o perfil de “outsider” almejado por Datena, contribuiu para seu declínio eleitoral.

Com a repercussão da cadeirada em um debate televisivo e o desempenho abaixo do esperado em termos de controle de tempo e respostas nos debates, Datena se viu envolto em uma série de situações adversas que evidenciaram a falta de preparo e adaptação do apresentador ao cenário político.

Mesmo diante das dificuldades enfrentadas e do desânimo demonstrado, Datena afirmou que pretende tirar 20 dias de férias e não apoiar outro candidato no segundo turno. Seu desfecho na política foi marcado pela expressão de arrependimento por ter levado a campanha até o fim, uma experiência que, apesar de frustrante, certamente terá um peso significativo em sua trajetória.

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