Datafolha revela que 58% dos brasileiros sentem vergonha dos ministros do STF, refletindo divisões políticas acirradas no país.



Uma recente pesquisa realizada pelo Datafolha revelou que 58% dos brasileiros expressam vergonha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O levantamento, que ouviu 2.004 pessoas em 136 municípios entre os dias 10 e 11 de junho, aponta que o sentimento em relação ao STF está diretamente ligado à preferência político-partidária dos entrevistados, refletindo a polarização que permeia a política brasileira.

Entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o sentimento de vergonha em relação ao STF chega a impressionantes 82%. Apenas 12% dos entrevistados nesta faixa afirmaram ter orgulho dos magistrados. Este cenário contrasta com a percepção dos eleitores do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, onde 52% demonstram orgulho dos ministros, embora 36% ainda relatem sentimentos de vergonha.

Os dados se aprofundam quando se analisa as preferências partidárias. No caso do PL, partido de Bolsonaro, a maioria esmagadora, com 91% dos eleitores, expressa vergonha dos ministros do STF, enquanto apenas 5% sentem orgulho. Em contrapartida, entre eleitores do PT, partido de Lula, a divisão é menos acentuada: 53% manifestam orgulho e 36% vergonha.

Além disso, a pesquisa do Datafolha revelou uma percepção similar em relação a outras figuras da política brasileira. Os senadores foram os mais mencionados com sentimentos de vergonha, contabilizando 59%, seguidos por deputados federais (58%), vereadores (47%), governadores (39%), Forças Armadas (36%) e prefeitos (30%). Isso indica uma insatisfação generalizada com a classe política, sugerindo que o descontentamento em relação a instituições democráticas não se limita ao STF, alcançando diversas esferas do poder.

A pesquisa demonstra não apenas um descontentamento com o STF, mas também uma crise de confiança nas instituições democráticas do Brasil. O resultado desse levantamento revela um cenário preocupante em um país marcado por divisões e debates acalorados sobre o que é a justiça e como ela deve se manifestar nos dias atuais. O futuro do STF e de outras instituições parece depender não apenas de suas ações, mas também da capacidade de reestabelecer a confiança da população.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo