A controvérsia começou após declarações do diretor financeiro da matriz da Danone, Jurgen Esser, à Reuters, afirmando que a empresa não compraria mais soja do Brasil por questões de sustentabilidade. No entanto, a empresa garantiu que essa informação não procede e que a soja brasileira continua sendo um insumo essencial na cadeia de fornecimento da Danone no Brasil.
A Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) e o Ministério da Agricultura reagiram à suposta decisão da Danone, classificando-a como discriminatória e intempestiva. Alegaram que a interrupção nas importações poderia elevar os preços dos alimentos básicos no país e prejudicar os agricultores de pequeno e médio porte. A adaptação às exigências de sustentabilidade da empresa demandaria práticas rigorosas e certificações periódicas.
O empresário e candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, defendeu publicamente o boicote à Danone em suas redes sociais, destacando a importância da cadeia produtiva da soja no Brasil. Segundo ele, o setor movimenta bilhões de dólares ao ano e representa uma parcela significativa do valor comercializado pelo país.
A Danone assegurou que suas aquisições passam por um rigoroso processo de verificação da origem dos produtos e reforçou seu compromisso com práticas sustentáveis e apoio aos produtores locais. O presidente da Danone Brasil, Tiago Santos, e o vice-presidente de Assuntos Jurídicos e Corporativos, Camilo Wittica, assinaram a nota que esclareceu a questão e reafirmaram o compromisso da empresa com a compra de soja brasileira dentro das regulamentações vigentes.