O assassinato de Maria Vitória não foi apenas um ato isolado de violência, mas parte de um ciclo de brutalidade promovido por disputas territoriais entre organizações criminosas. De acordo com as investigações, Beatriz, em um ato deliberado e premeditado, levou a jovem para um local afastado onde a tortura e a execução se tornaram uma espécie de espetáculo cruel. O que ocorreu a seguir foi um “tribunal do crime”, onde a adolescente foi interrogada sob condições desumanas antes de ser assassinada. O ato hediondo foi transmitido ao vivo para outros membros da facção, o que só intensificou a atmosfera sinistra que envolve o caso.
Após uma busca intensa, o corpo de Maria Vitória foi localizado em uma cova rasa, cinco dias após seu desaparecimento. A brutalidade e a execução do crime chocaram a comunidade local e exigiram uma resposta contundente do sistema de Justiça. Durante o julgamento, outros dois indivíduos também foram responsabilizados. Ewerton Bruno da Silva Bonfim, conhecido como “Pastel”, e Joiciele Ferreira da Silva enfrentaram condenações mais brandas, de três anos, por associação criminosa. Enquanto Beatriz recebeu a maior pena, somando 30 anos pela execução e 2 anos e 6 meses adicionais pela sua atuação na associação criminosa.
Vale ressaltar que Joiciele, devido à sua condição de gravidez e por ter um filho menor de 12 anos, cumprirá sua pena em regime de prisão domiciliar, o que levanta questões sobre as implicações sociais e legais de tais decisões no âmbito da Justiça. A condenação de Beatriz, por sua vez, representa um claro sinal de que o sistema judiciário está atento à violência perpetrada por facções, embora muitos ainda questionem a eficácia das medidas em um cenário tão complexo e desafiador.