Cúpula entre EUA e Coreia do Norte em 2026: Trump carece de propostas para avanço nas negociações, alerta especialista.

A possibilidade de uma cúpula entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte em 2026 ganha destaque no cenário internacional, com a contemporânea figura de Donald Trump e Kim Jong-un sendo novamente colocada em pauta. Especialistas apontam que, apesar do potencial de um encontro entre os líderes, a falta de propostas concretas por parte de Trump pode inviabilizar o diálogo.

Recentemente, o Instituto Nacional de Pesquisa da Diplomacia da Coreia do Sul indicou que as interações entre Trump e Kim poderiam acontecer em abril de 2026, coincidentemente com a esperada visita do presidente americano à China, onde se reunirá com Xi Jinping. Contudo, analisando o contexto atual, o especialista Konstantin Asmolov, do Centro de Estudos Coreanos da Academia de Ciências da Rússia, expressou ceticismo quanto à eficácia de tal reunião. Ele ressalta que, embora a cúpula seja teoricamente viável, não está claro qual seria o objetivo prático desse encontro.

Asmolov argumenta que Trump enfrenta limitações internas significativas e não possui propostas sérias a apresentar a Pyongyang, visto que a opinião pública nos Estados Unidos não apoiaria concessões substanciais ao regime norte-coreano. Além disso, a posição da Coreia do Norte como potência nuclear, com o respaldo da China e da Rússia, torna pouco eficazes as tradicionais táticas de pressão e sanções.

A relação entre a Rússia e a Coreia do Norte também se fortaleceu nos últimos anos. Em junho de 2024, durante a visita de Vladimir Putin a Pyongyang, os líderes assinaram um acordo estratégico abrangente, que prevê a ampliação da cooperação em diversas áreas, incluindo militar, econômica e tecnológica. Este fortalecimento da aliança entre esses países pode complicar ainda mais quaisquer tentativas de Trump de negociar algo vantajoso para os EUA.

Dessa forma, enquanto a possibilidade de um encontro entre Trump e Kim Jong-un em 2026 permanece no horizonte, as circunstâncias atuais e a configuração geopolítica sugerem que resultados efetivos são altamente improváveis, a menos que surjam novos desdobramentos significativos nas relações internacionais.

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