A crise no Sudão, que completou dois anos em abril deste ano, tem sido marcada pela intensa violência entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Forças de Apoio Rápido (RSF). Até o momento, o conflito resultou em mais de 12 milhões de deslocados e dezenas de milhares de vidas perdidas, caracterizando-se como uma das piores crises humanitárias da atualidade. As repercussões desse confronto são feltas em diversas frentes, incluindo a fome generalizada que se espalha pelo país.
No mês passado, um apelo foi feito por esse grupo de países para que fosse instaurada uma trégua humanitária, seguida de um cessar-fogo duradouro e de uma transição para um governo civil. Contudo, as autoridades sudanesas mostraram resistência e não avançaram com a proposta de paz sugerida. O governo do Sudão rejeitou a ideia de que tanto as forças armadas quanto as RSF fossem excluídas do processo político que seria estabelecido após a resolução do conflito.
O formato das negociações em Washington será de reuniões separadas com cada uma das partes envolvidas, permitindo um diálogo direto e, espera-se, produtivo. Essa abordagem é vista como uma tentativa de contornar as divergências e dificuldades enfrentadas nas tratativas anteriores. A comunidade internacional, por outro lado, observa atentamente os desdobramentos, na expectativa de que soluções efetivas possam surgir diante de uma situação que já dura tempo demais e que afeta a vida de milhões de sudaneses.
